Amor, Paixão e Bestialidade

Amor, Paixão e Bestialidade


Não sou muito chegada em ver jogos de futebol,
porque, acho insano, 20 homens correndo atrás
de uma bola e não precisar ter um ganhador ao
soar o apito sinalizando o término da partida.
Mesmo assim, sou gremista de coração. Não torço
por jogadores, torço pelo time e sua bandeira.
Portanto, nem me perguntem nome de jogador,
pois, até decorar o plantel, a maioria já foi embora.
Eventualmente arrisco-me em ver uma partida.
Hoje foi um destes dias. Foi simplesmente lindo
o jogo entre Fluminense e Boca. Quando o jogo
é bom, tem volume e gols, que é o principal
numa partida, nem vemos o tempo passar.
Devo confessar que é um pé-no-saco ver jogo
com marido, eta homem mais reinento, se bobear,
reclama até do cordão do calção do jogador.
Mas hoje, nem reclamou muito. Maridex está
radiante, o time do coração está classificado para
a final da Libertadores.. Parabéns Fluminense e
Renato Gaúcho, por quem tenho grande admiração.

Na terça-feira, foi a final no nacional masculino de
basquete adulto, Brasília x Flamengo (3º jogo).
Tenho aversão só em escutar o nome Flamengo,
seja em qual esporte for. A postura de superioridade
que querem impor sobre as demais equipes é nojento.
Porém, nesta final do basquete, torci pelos cariocas.
Não pelos jogadores, mas pelo técnico Chupeta.
Em hipótese alguma haveria de torcer pelo time do
Lula. Um cara que manteve o basquete brasileiro
estagnado e refém de interesses pessoais,
juntamente com a direção da Confederação.
O jogo não foi dos melhores, contudo, o Flamengo
mereceu ser campeão 2008 ( 3 x 0 melhor de 5).

O que foi deprimente e inaceitável nesta final do
basquete, foram as atitudes da torcida carioca no
ginásio. Quatro bombas detonadas na arquibancada
por marginais que se autodenominam TORCEDORES,
colocando em risco não só os infelizes que detonaram
as bombas, mas todos que estavam no recinto.

O que me deixou indignada e passada neste episódio,
foi a postura dos árbitros, uma vez que, as regras são
bem explícitas, tudo que interferir no jogo, é proibido.
A primeira explosão, foi no exato momento em que
um dos jogadores do Brasília iria cobrar lance livre.
O susto foi tanto que desconsertou o atleta.
A arbitragem simplesmente ignorou o fato. Apenas
na 4ª explosão que se posicionaram, lamentável.
E pensar que, fui proibida de entrar num determinado
ginásio por 1 ano e, neste mesmo período não pude
manifestar-me verbalmente em nenhum ginásio de
SC por ter chamado um árbitro, de idiota, babão,
incompetente e imbecil. Isto tem uns 6 anos.

Infelizmente, atitudes como a da torcida carioca,
é tão normal, banal e vulgar para os brasileiros,
que a bestialidade destas pessoas é vista como
ato de comemoração. Ora bolas, que comemoração
é esta que coloca em risco a vida alheia?? Está
certo que, os indivíduos que atearam fogo no pavio,
devem estar mais do que acostumados com a
marginalidade e impunidade, eis o prazer mórbido
em desrespeitar a tudo e a todos que os rodeiam.

(Lélia-LMSPP)


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