Epa... epa......eeeeepa

Epa... epa......eeeeepa


A maioria das novelas deixa uma marca/bordão
que cai na boca do povo e permanece por muito
tempo. Na maioria das vezes são palavras hilárias
ou relacionadas com vestimentas/acessórios.

Duas Caras, que termina neste final de semana,
tem o tal epa epa epa usado por um dos atores
como forma de impor sua autoridade, soberania,
poder absoluto de reinado e decisão.
(perdi o tesão por novela faz muito tempo,
TODAS são um verdadeiro mestrado de como agir
de forma errada, desonesta e permanecer impune)

Como não poderia deixar de ser, o bordão caiu na
boca do povo e, uma grande parcela usa o epa com a
mesma força e entonação que o Juvenal da novela:
quem manda sou eu, quem dita as regras sou eu.

Alguns agem desta forma por terem certeza
absoluta que nasceram com o rei na barriga e
deitados em berço esplêndido.

Outros agem para brincar, aproveitando a ocasião
e oportunidade, sem ofender ou magoar alguém.

Há aqueles que fazem uso da expressão pelo simples
prazer em ver a reação oposta ante a interpelação.

Porém, há os indivíduos que usam o epa com uma
propriedade e autoridade que chega a ser nefasto.
Em momento algum é usado como forma de diversão
ou interação lúdica e apaziguadora, é sempre num
tom ameaçador e de imposição real.

Para haver espaço para este tipo de pessoa, é
necessário uma subsistência e influência positiva ou
negativa do ambiente que o rodeia, no qual convive,
interage, extrai forças ininterruptamente e por vezes
de forma arbitrária, cruel, fútil e inútil.
É importante lembrar que, estas pessoas, na maioria
das vezes, agem desta forma por sentirem-se
protegidas e amparadas em todos os atos, nefastos
ou não, o popular “costas-quentes”.
Agem livremente, usufruindo da imoralidade e
subversão sabendo-se amparados pela conivência.

O uso do bordão em forma de ameaça, é
decorrente também da incapacidade de agir de
forma inter-recíproca, pois nada pode ser ou
parecer diferente daquilo em que acredita.
Agem movidos pela memória individual,
julgando-se infalíveis e vitais para a existência
e subsistência do meio. Nada é mais importante
que o EU. Aqui, o “instinto do poder” esbalda-se sem
limites no faça o que eu digo, mas não faça o que eu
faço. Predomina o autoritarismo e falta de humildade,
o despotismo e à crueldade são soberanos.

O uso do bordão em forma de ameaça, nada mais
é que uma sublimação, cuja finalidade é impor, ditar,
nominar, submeter, acuar, ferir, humilhar, retalhar,
subjugar e, calar pela força e maldade.

(Lélia-LMSPP)



Valsa do Imperador
(Johann Strauss)

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