
Conviver com pessoas com esse tipo de perfil, é o
popular pé-no-saco, um doutorado em paciência.
É preciso respirar fundo e contar até cinco para
não mandar as favas ou, amordaçar de vez.
Os donos da razão conseguem manter certo
relacionamento “pacífico”, com aqueles que
comungam com suas idéias e opiniões.
Com aqueles que vêem suas proezas como
algo magnânimo e abençoado.
Com aqueles que mudam de opinião com uma
volubilidade impar, patética e hilariante.
Hilária porque, as opiniões mudam conforme o
embalo da maré e da latitude dos ventos.
Os donos da razão habitualmente agem com grosseria
e com falta de educação. Rezam pela cartilha do, faça
o que eu digo, mas não se atreva a fazer o que eu
faço. E, quando há quem se atreva, disparam ataques
desrespeitosos, soltam xingamentos distorcendo os
fatos e, tirando conclusões fantasiosas e promíscuas.
Elaboram teorias especulativas de forma invejável.
Julgam a todos que não rezam por suas cartilhas,
como imbecis irracionais e seres inferiores.
Não conheço um ‘projeto de gente’, que não tenha
certeza absoluta de sempre ser o dono da razão e,
apenas por falta de espaço na testa não escreve nela
que, sua inteligência é infinitamente superior aos
demais. A auto-glorificação apenas mostra o quanto
são deslumbrados, desatinados, prepotentes,
desvairados, infalíveis e delirantes.
Os donos da razão em hipótese alguma aceitam
ou “compreendem” que nenhum de nós é dono da
verdade, que somos eternos aprendizes enquanto
vivos e filhos de Deus. E, través dos aprendizados
devemos praticar a auto-análise.
O patético desses indivíduos é ver que o mundinho
deles não vai além de si mesmo. Que estão sempre
a procura de argumentos para estarem em evidência.
O “mundinho” é tão limitado que, suas opiniões e
tendências são impostas a ferro e fogo.
Vivem em eterna competição, enredando e
manipulando para que os outros abandonem seus
conceitos e princípios e abracem os seus.
O triste disso tudo é que, a maioria dos donos da
razão são inseguros. Raras vezes tem CERTEZA do
que falam ou escrevem, sabem que estão convictos,
porém, isso é completamente diferente de ter
certeza ABSOLUTA da razão.
(Lélia-LMSPP)

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