A Triste Arte da Bajulação

A Triste Arte da Bajulação


Na atual conjuntura e competitividade desmedida,
sabermos o que é um elogio verdadeiro, honesto
ou uma mera bajulação está cada vez mais
difícil de distinguirmos ou identificarmos.

Porém..

Se, olharmos com olhos críticos,
sábios e comedidos, é fácil de identificar
os bajuladores profissionais.

O bajulador tem o hábito incontrolável
de não medir esforços para elogiar quem
estiver uma escala hierárquica acima a sua.
Exagera nos elogios pessoais ou trabalhos
corriqueiros e rotineiros como se aquilo fosse
algo simplesmente espetacular.
Sugestiona, mesmo que sandices, idolatra,
faz juras de amor como se dormissem
na mesma cama e dividissem a mesma banheira.
(eu te amo, te adoro, amo de paixão são
palavras típicas dos puxa-sacos/bajuladores)

O bajulador é o típico vira-casaca,
apenas vai defender quem estiver no comando
ou, estiver sob os holofotes do tapete vermelho.
Defenderá o bajulado para também obter seus
minutos de fama e glória, receber algumas migalhas,
benesses, favorecimentos ou paparicações.
Sendo um legítimo vira-casaca, o bajulador
será o primeiro a abandonar e desprezar o idolatrado
se os infortúnios da vida se abaterem sobre ele.

Na verdade, bajular nada mais é
que um elogio estratégico.
É uma maneira ardilosa de induzir as pessoas
a fazerem ou aceitarem suas vontades e,
normalmente vem carregadas de
perniciosidades e segundas intenções.
É o desejo de “querer” ser importante,
“ser” apreciado e enaltecido.

O que é fato inegável é que,
o bajulador apenas existe e sobrevive
porque existe a vaidade.
Os indivíduos gostam e apreciam serem elogiados,
idolatrados, paparicados, melados e lambuzados,
mesmo sabendo que a maioria absoluta dos
comentários e atos são mentirosos e falsos.

O lado triste e destrutivo da bajulação,
é o bajulado considerar menos nojento
quem o bajula (tese comprovada cientificamente).

O lado triste e destrutivo da bajulação,
é ver mentiras e falsidades serem
consideradas absolutamente normais,
um refúgio e atracadouro seguro.

O lado triste e destrutivo da bajulação,
é ver elogios hipócritas e destrutivos receberem
mais consideração que verdades, talvez doídas mas
sinceras e vindas do coração e não apenas da boca.

Reafirmando:
O bajulador “nunca” faz nada sem segundas
intenções. O bajulado pode até ter a ilusão de
que é o epicentro da situação, porém, o bajulador
apenas está usando a bajulação para obter algum
lucro ou vantagem..

(Lélia-LMSPP)


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