
Do engodo fizestes teu escudo,
para cada alvo, havia um verbo a
proclamar, conjugar ou rabiscar.
Muitas histórias ouviu-te narrar,
se eram mentira ou verdade,
tanto faz, pois sabia eu, que por
águas revoltas estava a navegar.
Do engodo fizestes teu escudo,
para a gregos e troianos ao mesmo
tempo conquistar e enlevar.
Denunciaste-te quando esquecestes
qual verbo havias proclamado,
conjugado e rabiscado para enredar quem
por águas revoltas estava a navegar.
Fortune Plango Vulnera
“Choro as feridas da fortuna
com os olhos rútilos;
pois que o que me deu
ela perversamente me toma.
O que se lê é verdade:
esta bela cabeleira,
quando se quer tomar,
calva se mostra
No trono da Fortuna
sentava-me no alto,
coroado por multicores
flores da prosperidade;
mas por mais prospero que eu tenha sido,
feliz e abençoado,
do pináculo agora despenquei,
privado da glória.
A roda da Fortuna girou:
desço aviltado;
um outro foi guindado ao alto;
desmensuradamente exaltado
o rei senta-se no vértice –
precavenha-se contra a ruína!
porque no eixo se lê
rainha Hécuba.”
(Lélia-LMSPP)
Carmina Burana/Letra/Tradução
Fortuna Imperatrix Mundi
I Primo Vere
Uf Dem Anger part 1
Uf Dem Anger part 2
II In Taberna
III Cour D'amours part 1
III Cour D'amours part 2
Blanziflor et Helena/ Fortuna Imperatrix Mundi
|