
Meu primeiro computador foi um 286,
memória?? não lembro. A maioria nem
conheceu ou lembra que isto um dia existiu.
Nunca tive muito interesse em aprender a
domar a máquina com unhas e dentes. Porém..
Quando eu crescer, quero ser igual o rabinho de
umas amigas virtuais, verdadeiras ratas de
internet e exímias domadoras de informática.
Faço muitas coisas neste tecladinho, mas não me
falem em “bit de paridade, mainframe, spooler,
gigaflops, doskey, cache, etc..nomes técnicos??
por favor, daria para desenhar??!!
Nestes anos de “intimidade secundária” com o CPU e
convivência na internet vi e aprendi muitas coisas..
Aprendi que:
O “aprender” educativo, cultural, lúdico,
a absorção do desconhecido, a reciclagem do velho,
a possibilidade em ultrapassar a fronteira do real,
ultrapassar convenções e demolir obstáculos,
enfrentar e desafiar o desconhecido defronte uma
tela de monitor, seja qual for o modelo de teclado,
não tem preço.
Aprendi que:
A comunicação e interação virtual encurtam
caminhos, aproxima, acolhe, acarinha, consola,
apazigua, beija e abraça, estremece e aquece o
coração, embala e afaga com mãos de fada.
Aprendi que:
Posso aliar trabalho à diversão,
unindo o agradável ao prazeroso.
Aprendi que:
Tenho amigos, mas também não os tenho.
Tenho amigos que só nos lembram quando precisam
de ajuda, outros, apenas para contar uma fofoca.
Tenho amigos que consolam, puxam a orelha
e jogam um balde de água fria.
Aprendi que, os que me fazem gargalhar, arrepiar e
por vezes chorar, são os meus amigos verdadeiros.
Aprendi que:
Devo consolar, mas não ser consolada,
devo entender, mas não ser entendida,
devo respeitar, mas não ser respeitada,
devo tolerar, sufocar emoções, manter
o sangue de barata nas veias para poder
sobreviver à pulverização dos pesticidas.
Aprendi e vi que:
Quem te estenderá a mão quando precisares
de ajuda, serão aqueles com quem mantivestes
uma relação formal, sem intimidade alguma.
Confirmei que:
Faça sempre “tudo” o que estiver ao teu alcance
embasado na razão e sustentando pelo coração,
porque, mesmo sem querer absolutamente nada
em troca, receberás como brinde a ingratidão.
Vi que:
E-mails que mandei foram adulterados e deturpados.
O que era para ser assunto pessoal foi reenviado
em massa e devorado pelos abutres como carniça.
Vi que:
Há pessoas que adoram uma fofoca nos bastidores,
mas vendem até a alma da mãe dizendo que não
o fazem e não são coniventes e nem fomentam
a intriga, a discórdia e a inveja.
Há pessoas que, entram no MSN para interagir
numa roda de brincadeiras e pura diversão aí,
dizem que tem que desligar o PC, porém, apenas
bloqueiam com quem estavam interagindo,
pateticamente esquecendo que o outro lado está
vendo que foi bloqueado, uma vez que, deixaram
propositalmente a janela aberta para espionar o que
iriam continuar conversando e repassar informações.
Vi que:
Há pessoas que dizem que vão cursar isto ou aquilo,
sondam e perguntam sobre o teu trabalho e, se
podem pedir ajuda quando precisarem......quanta
ilusão tentar me testar e enrolar. Quando pensou
que estava indo, eu estava voltando. Roubar
banana de macaco velho não é tão fácil assim.
Vi que:
Há pessoas que necessitam ser a atração
principal do circo, se assim não o forem,
desmontam a tenda e acaba o show.
Há quem supervalorize quem assinou o canudo que
trás debaixo do braço, esquecendo que os vermes
irão devorá-lo da mesma forma que devorarão os
analfabetos e os menos letrados.
Há quem deprecie os que têm parcos
conhecimentos de informática ou virtuais.
Vi e aprendi que:
Não importa o modelo do micro, o provedor ou
velocidade da conexão, sempre haverá..
Os convictos de que o sol não nasceu para todos.
Os que não respeitam limites ante a ganância
desenfreada e doentia de querer e poder.
Que a infelicidade e mediocridade de alguns
é usada para ofuscar a alegria e o brilho alheio.
Que sempre haverá quem se ache melhor que
os outros, agindo de forma desrespeitosa,
arrogante e preconceituosa.
Aprendi que:
É preciso voar muitas milhas para ter o direito
em sentar na poltrona da janela do avião e,
marinheiro de primeira viagem querendo manobrar
o timão é sinal de que o motim foi arquitetado e
planejado com muita antecedência sob orientação e
treinamento do capitão da armada inimiga.
(Lélia-LMSPP)
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“Acredite no que o seu coração está dizendo
Ouça a melodia que está tocando
Não há tempo para desperdiçar
Há muito para celebrar
Acredite no que você sente por dentro
E dê, a seus sonhos asas, para voar
Você tem tudo que precisa
Se você apenas acreditar”
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