
A vida é um movimento desigual,
irregular e multiforme.
É igual às águas de um rio,
por vezes calmo, noutros turbulento.
Temos de despertar em nós a sensação
de que a vida é algo que desliza tranquilamente.
Saber que a fantasia é a mãe da satisfação,
do humor, da arte de viver.
Que, se não houver prazer em viver,
não haverá solução para os problemas.
Aprender a viver independe de cifras,
de diploma, ser poliglota ou não.
Aprender a viver é abster-se de idéias enfermiças,
varrer o pessimismo, afastar a pusilanimidade.
Aprender a viver é não fazer da sua doença a
infelicidade alheia ou, fazer disto, a permanente
desculpa para os deslizes, erros e gafes.
Aprender a viver é agir honestamente,
é lutar por um ambiente de paz e
tranqüilidade a sua volta.
Quando agimos apenas pela emoção,
somos individualistas, apenas o “eu” interessa,
quando agimos pela razão, a coletividade impera.
Ficar preso a um estilo de vida não é viver, é ser.
A variedade e a flexibilidade são que iluminam
o nosso ser, e delimitam o nosso viver.
Tudo na vida depende da nossa atitude,
seja ela construtiva ou negativa, razão pela
qual foi-nos concedido o livre-arbítrio, para com
ele aprender a viver e saber viver.
Aprenda a viver respeitando os limites do teu corpo.
Respeite teu horário biológico. Ficar do raiar do dia
ao anoitecer, invadindo noite e madrugada defronte
o PC apenas para “impor” presença ou desejar ser a
rainha da cocada-preta dos chats é não saber viver.
Aprenda a viver mantendo a paz de espírito.
Alternar entre altos e baixos é infelicidade.
Numa semana agir como leão-de-chácara,
noutra como bom samaritano, é não saber viver,
é ter o espírito perturbado e não saber raciocinar
com lucidez. Espíritos perturbados desconfiam de
tudo e de todos, vêem erro em tudo e em todos,
perturbam e vivem perturbados.
Aprender a viver exige sacrifícios.
Saber viver é produzir a própria energia
que impulsiona a vida, sem ter que sugar
a energia alheia para poder sobreviver.
(Lélia-LMSPP)
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