
Duas palavras que embasam
a capacidade da criação, do ludismo,
a percepção da antecipação da realidade.
O pensar consigo mesmo
como sinônimo de liberdade.
Eternamente criança..
É não ter vergonha de dizer a idade.
É olhar-se no espelho e não ter medo das rugas,
com a convicção de que a felicidade não
depende de bisturi ou cremes faciais.
Eternamente criança..
É não ter medo de sentir e emocionar-se.
Não fazer da vida um eterno drama.
Ter olhar franco e transparente,
sabendo amar e ensinando a amar com carinho,
respeito, paixão e cumplicidade.
É saber dosar a flexibilidade para manter
um convívio salutar e prazeroso.
Ser eternamente criança é querer inovar,
ter mente aberta e sem medo de experimentar,
abraçando e retendo novas idéias.
É manter-se livre de influências e tradições
que dominam e cerceiam a liberdade.
É querer dançar, mergulhar, saltar, andar de
bicicleta ou cavalgar e
não ficar apenas na vontade,
mas sim, colocar tudo em prática,
limitando-se em ter o cuidado de
obedecer às orientações médicas ou
ter o bom senso de não ser ridículo(a).
Ser eternamente criança é amar sem segredos
e sem pudor, com a mesma paixão de outrora.
É fazer confidências com um sorriso maroto.
Números...altura, peso, idade,
deixe que o médico cuide disto,
preocupe-se apenas com os números
essenciais a sua sobrevivência .
Eternamente criança..
É saber usar o poder de decisão respeitando
a relação entre a razão e a liberdade.
É saber manter o sorriso
mesmo nas horas de tribulações e provações
para servir de suporte e amparo a outrem.
É a certeza absoluta de que a única pessoa que nos
acompanha a vida todo somos nós mesmos.
Querer manter eternamente a criança é respeitar
a ligação com a verdade para que ela não seja
uma simples ficção arbitrária.
Eternamente criança..
Um sentimento de difícil e
contraditória compreensão.
(Lélia-LMSPP