
Mentira
Quão poderosa és tu, Mentira,
senhora dos covardes e mesquinhos que
não tem coragem para dizer a verdade,
pois não são capazes de lidar com a reação,
muito menos viver em função da verdade.
Quão malévola és tu, Mentira,
pois quereis e exigis honestidade,
mas não quereis fazer o mesmo.
Dobrais as relações, condenais ao
prejuízo sem serdes entoada a arcar com
todas as consequencias que a verdade poça trazer.
Quão tentadora és tu, Mentira,
manipulais os fracos que se rendem a
todas as tentações e, que de livre arbítrio não
seguem os caminhos da retidão, agindo de
maneira egoísta, narcisista, sem remorso,
culpa, compaixão ou consideração.
Quão simulada és tu, Mentira,
amante dos espertalhões e manipuladores,
cujas emoções rasas e teatrais são capazes
de ludibriar qualquer um, simulando qualquer
coisa para atingirem o que querem.
Quão irracional és tu, Mentira.
Por estardes sempre em negação fazeis
dos outros meros objetos, pisando em emoções
e sentimentos, usando-os apenas para uma
sensação de controle e satisfação dos caprichos
e das fantasias pessoais
Quão ardilosa és tu, Mentira,
pois quando percebeis que a verdade pode
te colocar em situação delicada, inventais
e refinais mil vezes mais para escapar da confusão.
Mas esqueceis, que passarás a vida em função
das tuas inverdades, pois quem conta uma mentira
raramente se apercebe do pesado fardo que toma
sobre si, uma vez que, para manter uma mentira,
tem de inventar outras tantas mais.
(Lélia-LMSPP)
