ContradiçõesPalavras podem dizer muito ou, absolutamente nada.
Apenas um amontoado de letras, pontos e espaços
sem nexo, coerência ou passíveis de compreensão.
Assim, alguns levam a vida. Cheia de contradições,
incoerências, pontos e espaços sem nexo. Fazem
parte de um texto que, aparentemente é uma obra
prima, porém, viradas algumas paginas, revela-se
o folhetim mimeografado em papel fuleiro.
Indivíduos que vivem assim, ora são bem resolvidos,
distribuem sorrisos e beijos, aconselham e acalentam,
ora estão atolados até o pescoço de conflitos,
decepções, arrependimentos e questionamentos.
Tendem a sobressair em ambientes onde há influencia
mútua de interesses na maneira de pensar e agir,
onde a invasão da intimidade alheia corre solta,
porém, sem haver uma inter-relação que se aproxima
do real. Pois assim, fica fácil camuflar as diversas
faces que se escondem entre a fase do ser bem
resolvido e a fase dos conflitos e lamúrias.
Essas “crises de personalidade”, tornam-se visíveis,
quase palpáveis quando algo que faziam e,
aparentemente agradava, satisfazia, induzia e
inebriava passa a ser dúbio e questionável.
De cetros de carvalho passam a ser meras varas
de acrílico. Passando a não saber como conduzir
a situação para obter carinhos e agrados.
Perdem o chão, ficando momentaneamente sem
um ponto de referência para poder sustentar a
superestima e esconder o egocentrismo.
Contudo, como são pessoas multifacetárias,
conseguem ludibriar a maioria justificando a
instabilidade como uma advertência e precaução
para possíveis erros que estejam cometendo e,
em questão de pouco tempo, os hábitos voltam
a comandar as facetas dessa natureza humana
ora bem resolvida, ora frágil e cambaleante.
(Lélia-LMSPP)
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