Tentei..

Tentei...


Mais um ano está findando, e junto com ele,
vão-se algumas promessas que ficaram apenas
na promessa e outras que obtiveram êxito.
Projetos foram executados e outros tantos foram
boicotados, eliminados ou simplesmente
não passaram de utopia.

Tarefas inusitadas geraram frutos e excelentes
rendimentos; algumas obrigações rotineiras foram
executadas com muito prazer e alegria e outras
tantas, simplesmente cumpridas mecanicamente ou
por imposição (tolo de quem disser que não faz
“nada” por imposição, a não ser que vegete).

Junto com o ano que finda, tentei sem restrição
alguma, “gostar” de ouvir Caetano, Roberto, Chico,
Bethânia, Elis e mais alguns que nem lembro o nome.
Bom, a promessa foi cumprida, contudo, o que para
uns é considerado música de excelente qualidade,
para mim é uma tortura ou laxante.
Porém, nem por isto deixarei de gostar ou ficarei
ofendendo e criticando quem tem paixão ou adoração
por este estilo. O que para mim é qualidade, para o
outro pode ser lixo e vice-versa. Razão pela qual,
a maioria dos estilos musicais deve ser respeitada
e tolerada na sua essência.

Junto com a aproximação do ano novo,
ratifiquei a teoria de que cavalo sem dente e parente,
é tudo igual..

Neste ano, fui de tudo um pouco,
de demente a eloqüente;
de indiferente a estressada;
de coronel a soldado raso;
de coerente a tola e idiota;
de inteligente a completa tapada..
Só não fui santa porque,
se o fosse, estaria num altar.

Para 2007 havia prometido que deixaria de atuar
menos em prol dos outros e cuidaria mais de mim.
Bem, nem sei quantas vezes já quebrei esta
promessa, os “chiliques” do marido que o digam.

Neste ano que está com os dias contados,
tentei relevar alguns atos e fatos, pois tenho
obrigação em entender e acima de tudo,
compreender a fonte causadora. Contudo,
algumas feridas deixam cicatrizes irreparáveis,
restando apenas a possibilidade de aprender a
conviver com elas como um adorno ou vê-las
como diamantes brutos que um dia podem
sofrer grandes transformações.

Chutei com força e determinação o pau da
barraca algumas vezes neste ano, contudo,
conscientemente. Apenas arrependo-me
amargamente ante a complacência que tive com
algumas pessoas e por ter poupado-as e desviado-as
do chute. O consolo é saber que ainda há tempo,
nunca é tarde para acabar um serviço inacabado..

Em 2007 dei gargalhadas de estremecer o prédio
sentada defronte o PC e, noutras tantas, fazer alguns
“companheiros” virar a cabeça para ver a fonte
causadora das risadas.
Mari, Marieni, Luk, Kyty, Isa, Teka, Bella e Lilica,
obrigada pelo exercício facial que me propuseram
gratuitamente e, pelos momentos de alegria,
descontração, irreverência, humor e leveza que
compartilhamos simplesmente pelo prazer de nos
divertirmos e interagirmos sem cobranças,
imposições ou obrigação de sermos uma farsa.

Durante o ano tentei descobrir como é o tal olhar 24
que assusta alguns e põe de alerta outros quando
estou com as sobrancelhas franzidas e vinco de
expressão entre elas. Bem, para quê querer saber
como é, se há o lado positivo, que é não precisar
falar nada, se os sinais de expressão falam por mim?
... rsrsrs ...
Quem me conhece em carne e osso sabe do meu
humor contagiante, assim como também conhecem
a fera que expõe as garras quando pisam na bola,
saem dos trilhos ou luto e defendo meus ideais.

Se tem algo que não consegui em 2007 e nem
quero em tempo algum, é ser vaquinha de
presépio, alienada, maria vai com as outras,
desprovida de caráter, índole dúbia, covarde,
deturpadora, aliciadora ou infame.

Ano vem, ano vai, outro finda e outro virá e meu
lema continua e continuará o mesmo:

“Odeiem-me pelo que sou, mas não
queiram me amar pelo que não quero ser.”

(Lélia-LMSPP)


Alan Silvestri