Profissão: “A Outra”

Profissão: “A Outra”
Publicação original 16.10.2007


Infidelidade..
Daria um jornal e mais um pouco escrever
sobre isto e suas conseqüências destrutivas.
Porém, o assunto agora é “A Outra”..

O que é a outra na verdade?
Nada mais nada menos do que uma rameira
particular que mantém a discrição em prol de
vantagens financeiras e migalhas amorosas.

A maioria absoluta das mulheres quando se
envolve com homem casado, sabem da situação.
O que leva estas pessoas a “cobiçarem” este
relacionamento, cada caso é um caso.

Pode ser apenas uma aventura fugaz e irresponsável.
Para algumas é por pura burrice, porque, acreditar
na história de esposa doente ou relacionamento
fracassado, com certeza falta-lhe alguns neurônios.
Para outras é pelo simples prazer em saber que
outra mulher está sendo “chifrada”.
Tantas outras que sentem prazer em serem objetos.
Tem as que optam em serem a outra pensando
no lado financeiro e nos “presentinhos”.
Tem as coitadas que tem certeza que em poucos
meses o amante vai oficializar a separação judicial e,
estes poucos meses levam uma eternidade,uma vida
toda, a 3ª idade bate na porta e nada da separação,
estas são as verdadeiras amantes profissionais.

As verdadeiras amantes profissionais iludem-se com
a idéia de que elas ficam apenas com a parte boa de
um relacionamento. Que não precisam aturar o mau
humor do parceiro, que o amor é verdadeiro, que
não precisa se preocupar com os problemas
familiares e financeiros, a rotina familiar..

São poucas que tem coragem em dizer abertamente
o que sentem quando ele volta para a família.
Por que coragem?
Porque a auto-estima destas mulheres é tão baixa
que chega a ser patética e vergonhosa.

Elas sofrem, se sentem um lixo por não terem vida
própria, uma vez que, tudo gira em torno do tempo
disponível do amante. Contudo, não cogitam em
hipótese alguma acabar com este relacionamento,
não pelo suposto amor, mas pelo carro novo que
pode ganhar, pelas viagens que talvez farão, pelo
apartamento pago, pelas roupas e jóias falsificadas,
pelo cartão de crédito ou geladeira farta.

Patética e vergonhosa ante a ilusão de que cada
encontro é uma nova emoção, uma coisa diferente,
mas não contém as lágrimas ao saber que o sono
profundo do amante é na cama da esposa.

Patética e vergonhosa por passar a vida esperando.
Humilhante não pelo fato de estar transando e
tirando vantagens financeiras disto, mas em aceitar
“dividir” a pessoa que ela diz ter tanto amor. Quem
ama de verdade não divide um milímetro deste
sentimento, a não ser que haja outros interesses.

Ser “a outra” apenas porque o cara é bom de cama?
os carinhos são verdadeiros? os encontros são
tórridos e avassaladores? Me engana que eu gosto..

O que se pode afirmar embasado em dados
estatísticos é que, ser “a outra” é uma opção
que ocorre por livre e espontânea vontade.
Ninguém as obriga a manterem este relacionamento
clandestino e viver na sombra alheia.
Ninguém as obriga a aceitarem a triste e humilhante
situação de não terem identidade. Homem nenhum
chegará e apresentará “a outra” dizendo: esta é
minha amante. Ela terá todos os títulos possíveis,
de irmã à freira, menos o de esposa ou mulher.

Profissão:”A Outra”, ela apenas existe porque os
machos são desprovidos de idoneidade moral e
conduta ilibar.

(Lélia-LMSPP)

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