Comunicação Virtual e Suas ParanóiasA primeira regra para quem entra no mundo virtual,
como, chats, salas de bate-papo e blogs, tendo como
única finalidade a interação, a socialização e diversão,
é ter ciência de que estes espaços não seguem as
regras gramaticais, não há o hábito de primar pela
ortográfica e sintaxe, muito menos competição de
quem sabe mais palavras arcaicas. Como a troca de
mensagens ocorre em tempo real, não dá tempo de
planejar o teor, alinhavar, costurar, digitar, corrigir
e refazer. Até fazer tudo isto, o outro lado já
desconectou porque cansou de esperar a resposta.
É preciso estar ciente de que não estamos digitando
uma petição, nem transcrevendo uma sentença.
Muitos menos digitando uma tese ou monografia.
Os erros são admissíveis porque, há a necessidade
da comunicação rápida, razão pelo qual, cada “tribo”
tem seu linguajar próprio. Criaram os sinais gráficos
e abreviaturas. Além das palavras indecifráveis para
quem não está no meio. (não estou escrevendo sobre
a influência desta linguagem na língua portuguesa)
Muitos dizem:
É preciso ver as feições, retrações, trejeitos para
sabermos exatamente o que a pessoa está querendo
dizer com isso e aquilo ou, o que pensa sobre
o assunto e qual a sua posição.
Não concordo com esta teoria,desde que:
O texto seja digitado de forma coesa e objetiva,
com idéias coerentes e simplicidade no português.
Os erros gramaticais... acentuação, pontuação,
estrutura, não farão a menor diferença, pois todos
entenderão o que aquela pessoa quis dizer ou
transmitir com o seu escrito.
Os erros de interpretação ocorrem quando querem
“enfeitar” a escrita, usar termos técnicos sem o
absoluto domínio. Quando um linguajar arcaico é
usado em hora e lugar inadequado. Quando usam
máscaras para agir e interpretar o que não são.
Quando usam a linguagem subliminar, típica dos
covardes e mercenários, pois não tem coragem de
se expressar de uma forma clara e direta.
A linguagem falada também tem os seus erros de
interpretação. Exemplificando:
Para quem não conhece meu timbre e o tom,
quando eu disser “coisa fofa”, posso estar passando
a imagem de debochada, sarcástica, arrogante, rude,
quando não é nada disto, apenas erro de
interpretação ante a imponência da voz.
Porém, os erros e equívocos que cometemos na
comunicação oral, na maioria das vezes são menos
doloridos e desaforados, porque, normalmente eles
se perdem no tempo, a memória seletiva deleta.
Enquanto que, as ofensas, palavrões, deboches,
humilhações, prepotência e tom de superioridade
ficam firmemente registrados quando ocorrem na
linguagem escrita, pois a prova do “crime” não some
e nem se perde no tempo. A memória seletiva não
tem o que deletar.
A comunicação virtual escrita é simples e prazerosa
se, cuidarmos com a excessiva espontaneidade dos
textos (escrever tudo o que pensa e quer).
Ser direto nas colocações de uma forma branda,
se for sim é sim, se for não é não, não precisa ficar
um dia inteiro enrolando e escrevendo asneiras o
que poderia ser dito com 6 palavras.
Se não está capacitado tecnicamente em interagir,
não sabe se expressar, organizar as idéias para
colocar na telinha, com certeza a “preguiça” em
querer aprender é dominante. Qualquer curso de
informática fornece aulinhas básicas de computação.
O hábito da leitura, não importa o tipo de leitura,
ajuda a organizar as idéias e estruturar os textos.
Como fazer então para haver uma comunicação sem
brigas, rusgas e erros de interpretação?
Lá vem de novo a famosa falta de vontade em
“querer” aprender, adquirir conhecimentos.
Qualquer vivente que sentar defronte uma tela de
monitor tem a obrigação em saber que os Emoticons
foram criados para resolver este tipo de problema
no virtual. Como saber a emoção de quem está
escrevendo?? no MSN e e-mail há um leque de
opções em emotions. No haloscan há poucas opções,
as básicas e necessárias. Porém, a banalização e uso
errado dos mesmos está fugindo o traçado e o
propósito ao qual foram criados.
Um simples emotion pode deixar bem claro se aquele
comentário foi uma ofensa ou uma mera brincadeira,
é óbvio, havendo honestidade e não idéias sórdidas,
maquiavélicas e destrutivas.
Para os que não tem a capacidade de sentar
defronte uma tela de monitor e sentir a ludicidade
da linguagem falada, é hora de desligar o CPU.
(Lélia-LMSPP)
