Equívocos e Estupidez

Equívocos e Estupidez


O doce, maravilhoso, fantástico e
destrutivo mundo virtual.

Viver sem o virtual nos dias de hoje é
abdicar de conhecimentos, entretenimentos e
fechar-se para o novo e desconhecido.

A cada enter ou rolagem, um mundo novo
abre-se ante nossos olhos. Em segundos temos
informações que outrora não tínhamos acesso,
conversamos com o “mundo” sem sairmos de
nossas cadeiras, salas ou casas em tempo real.

?????!!!!!

No virtual..
Muitos vão do lúdico ao satânico,
do puritanismo ao erótico,
da vergonha a sem-vergonhice,
da amizade a atração,
da ignorância ao saber,
do fingimento ao pecado,
dos abraços aos conchavos,
do sagrado ao profano,
do perdoar ao odiar,
do exaltar ao ignorar,
do falar ao berrar,
do respeitar ao trucidar,
do imaginar ao fantasiar,
do aceitar ao impor,
do dividir ao afanar,
do ajudar ao negar,
da diversão a destruição,
da humildade a humilhação,
da suavidade ao apelo da ignorância,
da fraternidade ao ódio e traição
com uma facilidade, coragem e desfaçatez
que no mundo real nem na mais remota
possibilidade teriam tanta astúcia e empáfia
em praticá-los.

No virtual tudo é supostamente mais fácil,
porque, aqui não há o risco da agressão física,
dos safanões, dos tapas na cara que no real
haveriam de acontecer em muitas situações
que vemos e presenciamos no dia a dia nesta
rede maravilhosa chamada mundo virtual.
No virtual, a excitação sexual é sufocada por
risinhos neuróticos e histéricos, quando no real,
seria evidente e incontestável a atração.

Aqui, refletimos o que somos no real,
porém, o que muitos esquecem, ignoram ou
fingem não saber é que, no virtual a minha
verdade não é igual a tua e, a tua também não
é igual a minha, da mesma forma e intensidade
que isto se sucede no mundo de carne e osso.
Aqui, a reciprocidade é uma via de mão única
para muitos... faça o que eu digo,
mas não faça o que eu faço.

Sem senso de humor, flexibilidade e tolerância,
não há como conviver pacífica e educadamente
no virtual. A ausência destas três palavras no
vocabulário de quem está sentado defronte
um teclado e julga-se dono e detentor absoluto
da verdade e da razão, apenas define-lhe o
grau de burrice e arrogância que trás
estampados na testa, na alma e no coração.

(Lélia-LMSPP)


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