
Existem pessoas em nossas vidas,
que nos deixam felizes pelo simples fato
de terem cruzado nosso caminho.
Outrora tive um(a) assim...
Os abraços apertados,
os beijos no coração,
o cafuné e carinho na face de forma virtual,
os sem “respeito algum”,
os boa noite, oláaa,
a ousadia em dizer o que a maioria tinha pudor,
as meia dúzia de palavras
querendo saber como estava,
eram carinhos que fazia para
aliviá-lo(a) das dores da alma,
edificar e restaurar o ego,
e dos ombros cansados e doídos
ajudar a tirar a mágoa que
por vezes eu fui a causadora também.
Fechar os olhos e ouvir o som
do compasso do coração e,
mesmo sem vê-lo(a) notar as
lágrimas enevoando o olhar,
era entender o sentido da vida:
doar-se sem pedir quase nada em troca.
(É utópico dizermos que nada queremos)
Havia amor fraternal,
sentimentos sem interesses que estavam
além do alcance do imaginável virtual ou real.
Era isto o que fazia desta pessoa
meu amigo virtual especial.
Nem macho nem fêmea,
apenas “amigo virtual” especial.
Esta amizade com o passar do tempo,
ignorou minha emoção em ver jogo dos filhos,
a emoção e lenidade ao ouvir músicas de natal,
algumas óperas e músicas eruditas.
Ignorou o nó na garganta e olhos marejados
ao ouvir Memories (Elvis),
do coração apertado quando filhotes
estavam lesionados ou adoentados..
Esta amizade se perdeu entre turbilhões de
atos, fatos, sentimentos, palavras, intrigas,
atitudes e posturas porque,
rejo minha vida muito mais
pela razão do que pela emoção,
pela frieza e insensibilidade na hora
de tomar algumas decisões e
pela falta de compreensão e recusa da remissão..
A amizade se foi, os elos se romperam,
mas o(a) levarei para sempre em meu coração.
(Lélia-LMSPP)